segunda-feira, 18 de junho de 2012

38) Quinze dólares!

Noutra ocasião andava também com minha mulher Cecília pela 5ª Av. , em NYC, olhando vitrines, quando ela deparou com uma exibição profusa do que para mim eram uns paninhos sem maior significação, mas para ela tinham, aparentemente, muita importância. Enquanto à porta da loja debatíamos a questão de entrar ou não em busca dos tais paninhos, veio lá de dentro um indivíduo com “pinta” de estrangeiro, falando uma algaravia que parecia uma tentativa de imitar nosso português, e que pegou Cecília pelo braço e levou-a para dentro da loja. Em seguida apanhou alguns “paninhos”, jogou-se sobre o balcão e exclamou, apontando com o dedo para a mercadoria, no que parecia ser português: “Quinze dólares!”.

Eu havia também entrado, para resgatar minha mulher, e ante aquela oferta, que achei cara, peguei Cecília pelo braço e levei-a em direção à porta. Pois o homem arrebanhou novamente minha mulher, colocou mais paninhos sobre os outros, apontou com o dedo e disse de novo “Quinze dólares!”.

E assim aconteceu por mais duas ou três vezes, minha mulher sendo levada ou puxada de um lado para o outro, na expectativa de ver quem levava a melhor naquela disputa. Afinal, havia um monte de “paninhos” sobre o balcão, o que me pareceu “de bom tamanho” para o preço pedido. Para a satisfação da Cecília e do vendedor, comprei a mercadoria.

Quanto paguei ? Quinze dólares, ora bolas!

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