(Por Rubens A R Bordini, POA Fevereiro de 2014)
Já
falei, há algum tempo sobre a tragédia que assola nosso pais, em termos de
violência, com inapeláveis assassinatos (A propósito, sabem de onde vem a
palavra assassino? Pois é uma palavra de origem árabe, que era o nome de uma
seita muçulmana existente no oriente, para fazer parte da qual o indivíduo
tinha que provar que cometera um assassinato. A seita chamava-se “Assassin”, e
daí o nome para quem comete esse tipo de crime).
Mas
voltando aos comentários sobre a violência no país, podemos dizer que esta vem
aumentando, a tal ponto que hoje quem sai de casa para cumprir suas obrigações,
poderia despedir-se definitivamente de seus familiares, pois é bem possível que
só volte dentro de um caixão!
Os
bandidos hoje matam sem qualquer motivo. Há algum tempo justificavam os
assassinatos alegando que a vítima reagira, o que provavelmente era mentira,
mas servia como um atenuante, na opinião deles que à época ainda achavam que
era preciso justificar seu crime perante a sociedade, por razões pseudo-éticas;
isso hoje não existe mais. O crime está tão comum, que até parece que a
sociedade passou a aceitá-lo como uma coisa da vida de todos os dias, com o que
a gente tem que se conformar! Nossas polícias se esforçam para reduzir o volume
do crime, descobrem autores e realizam prisões, mas nossas leis protegem os
criminosos e eles retornam, às vezes até sorridentes, ao crime.
Por
que isso está ocorrendo no Brasil, tornando nosso pais um dos piores do mundo
em termos de segurança pessoal? Essa é uma pergunta que tem várias respostas, o
conhecimento das quais seria o primeiro passo na direção do saneamento de
nossas cidades. Acho que está mais do que na hora do governo federal criar um
grupo de trabalho, sério, competente e não muito grande, para analisar o
problema e apontar soluções enérgicas e absolutamente necessárias para
extinguir o banditismo.
Algumas
das causas do aumento do banditismo no Brasil a gente pode até relacionar,
apesar de que mesmo essas precisariam de uma análise mais profunda. Pode-se
citar, por exemplo: Leis brandas que não atemorizam os bandidos ou candidatos a
tais; o desarmamento da população, fazendo com que os bandidos tenham armas e
suas vítimas estejam sempre à sua mercê, como cordeirinhos inofensivos, sem
meios de defender-se. Os bandidos têm armas porque as compram ou roubam dos
contrabandistas; as pessoas assaltadas não têm armas e, portanto, não
representam riscos para os bandidos. As polícias recomendam que as vítimas não
reajam aos assaltos porque isso faria com que os bandidos atirassem, mas eles
atiram de qualquer modo, portanto talvez seja melhor atracar-se com o bandido
(aqueles que têm condições físicas), pois, anyway, a vítima provavelmente vai
morrer.
Um
dos fatores apontados como razão para os assaltos é o provável fato de que os
bandidos precisam de dinheiro para comprar drogas. Isso não me parece muito
provável porque os bandidos poderiam roubar a droga dos fornecedores, inclusive
matando-os também; não precisariam de dinheiro. Os bandidos em geral são jovens
e até adolescentes, o que os livra da prisão; não existe bandido velho, porque
felizmente eles acabam morrendo ainda relativamente jovens, fuzilados pela
polícia, mais tarde ou mais cedo, ou em brigas entre si. Os adolescentes
tornam-se bandidos assassinos ante da maioridade, ou porque são estimulados
pelos mais velhos, ou porque, talvez, o fato de assassinarem alguém torna-os a
seus olhos e aos olhos dos comparsas, um super-homem, capaz de fazer algo
significativo como tirar a vida de alguém.
Em
tudo isso há um aspecto que ainda não foi mencionado: Trata-se da participação
da mulher no banditismo. É muito raro isso acontecer: as mulheres dificilmente
se tornam bandidos, e muito raramente são capazes de tirar a vida de alguém.
Talvez por serem geradores de vida o assassinato não faz parte da índole da
mulher em geral, muito menos das meninas adolescentes, diferentemente do que
acontece com os meninos adolescentes que são capazes de matar sem piedade.
Talvez
as mulheres tenham dentro de si algum hormônio ou coisa parecida, que as torna
decididamente contra a violência. Se isso fosse verdade, era o caso de produzir
esse hormônio sinteticamente e “vacinar” todo ser masculino, já na infância,
tornando-os assim pacifistas como as mulheres em geral. Isso acabaria,
paulatinamente, com o banditismo, pois não?
Enfim,
se a ideia não for considerada um absurdo, o tal grupo de trabalho que eu
sugeri bem que poderia procurar aperfeiçoá-la a ponto de se tornar uma
realidade tão comum como são hoje as vacinas contra tuberculose, varíola,
paralisia infantil e outras doenças. Não lhes parece viável?
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