Os seres humanos (e até certo ponto os animais, também) vivem e comportam-se de acordo com certos parâmetros criados pela própria natureza ou por sua necessidade de sobreviver, agindo, comportando-se, vestindo-se e exercendo o papel que lhe cabe na sociedade da qual fazem parte.
Esses
hábitos e costumes, aqueles que a sociedade aceita e aprova, são-nos em geral
transmitidos por nossos pais ou professores, de modo que ficamos agindo
cotidianamente segundo parâmetros aceitos por todos em geral.
Esses
hábitos e costumes padronizados, são (vez por outra) modificados por influência
ainda que temporária, de indivíduos que de uma forma ou de outra exercem influência sobre nossa conduta,
fazendo-nos adotar uma atitude diferente
da qual estamos acostumados. Isso pode durar pouco tempo, ou alguns séculos, e
se constitui no que chamamos de “moda”.
Os
indivíduos que provocam essas modificações de conduta são, a rigor, líderes, ou
expoentes nesta ou naquela área, cuja maneira de ser ou de conduzir-se, passa a
ser copiada por seus admiradores ou seguidores; É o caso de astros do futebol ou
atores de cinema, ou personagens reais. Quando um famoso jogador de futebol
muda seu penteado para algo original, milhares de “fans” passam a fazer a mesma
coisa, até que a moda passe.
Houve
tempos (na minha infância e adolescência) em que a “moda” sob o ponto de vista
médico, era sofrer de apendicite. Todo o mundo sofria de apendicite e tinha que
ser operado. Isso passou, e hoje raramente se ouve falar na suposta doença. A
moda hoje, entre outras, é o telefone celular. Que não possui no mínimo um
desses aparelhos, em todo esse mundão em que vivemos, não é “bem”. Até índio da
Amazônia tem e usa celular.
Há
modas que duram pouco tempo, porem há outras seculares. É o caso da “gravata”.
Hoje já se vê muita gente sem gravata, porem sempre vestindo um paletó. Parece
que o paletó é uma concessão ao rigor do traje, já que se dispensa a gravata.
Houve tempos em que só se podia entrar num cinema aqui no Brasil, usando
gravata e paletó. Hoje se vai a um enterro de bermudas e chinelos!
A
propósito da gravata, fiz uma pesquisa, e o resultado é o seguinte: na França,
aí pelo ano 1650, quando reinava Louis XIV, foi preciso contratar mercenários
para reforçar as forças do reinado, o que foi feito trazendo para Paris 6000
mercenários da Croácia. Esses soldados usavam, como uniforme, entre outras
coisas, um pano colorido enrolado no pescoço. Os franceses gostaram daquele
ornamento e passaram a usar também coisa semelhante, ao que chamavam de “croate”, termo esse que se
modificou para “cravate”
A moda pegou e em quase todo o mundo os homens
passaram a usar algo no pescoço, como gravata, sendo que o nome mais ou menos
conservado no mundo ocidental, à exceção da Inglaterra e países de língua
inglesa, onde a gravata se chama de “tié”, ou “necktie”. Já em quase todos os
países ocidentais, o nome deriva de “cravate”… É o caso de: Brasil, gravata,
Espanha, corbata; Alemanha, Krawatte; Itália cravatte, etc.
O
uso da gravata já tem, portanto, quase quatro séculos! Só agora está dando
sinais de que, aos poucos, vai
desaparecer. Vejamos o que nos reservará o futuro! Seja lá como for, a moda de
usar qualquer tipo de gravata, talvez tenha sido a mais duradoura “moda” até
agora.